O jornalismo pode ser dividido em várias vertentes, mas todas têm um objetivo em comum: fazer com que o público-alvo receba e entenda as informações. Para isso, não é necessário que se padronize o estilo de comunicação dos jornalistas, pois cada um tem sua maneira própria de noticiar, como defende Clóvis Rossi.
É claro que essa ideia e comunicação deve tentar preservar aquele velho e utópico jornalismo imparcial e objetivo, ou seja, um jornalismo sem “paixões”. Mas será que isso acontece? Hoje o que vemos é a subjetividade escancarada em jornais, revistas e televisão. Até mesmo notícias em tempo real são trabalhadas para moldar seu pensamento conforme o meio de comunicação deseja.
Porém não é de hoje que isso vem sendo discutido. Em 1956, o pensador Theodore Peterson resumiu o que chamou de “deficiências mais evidentes da imprensa”, discorrendo desde a opinião dos donos dos veículos de comunicação para próprios fins, como política, até invasão de privacidade e moral pública.
Ao caráter essencial da profissão citado por Hodding Carter - busca constante de notícias, mas com responsabilidade, independência, verdade, exatidão, imparcialidade e honestidade - podemos acrescentar mais um item, que é o direito de resposta. Assim daríamos às notícias um caráter imparcial, pois o fato sempre tem vários lados. Nada mais justo que passar o assunto na íntegra para as pessoas deixando assim que estas formem sua própria opinião.
Embora utópico, jornalismo é transmitir informações com compromisso social, não tendo interesses pessoais subjetivando a notícia, a imparcialidade como chave para que possamos formar pessoas com senso crítico, respeito à privacidade e a moral de todas as pessoas. É dar atenção ao que realmente interessa e não se valer do sensacionalismo ridículo para obter audiência. Para mim jornalismo é isso, embora a sociedade já esteja acostumada com o que hoje chamamos de jornalismo.
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